Amamentar com segurança durante a pandemia de Covid-19

Como nutrir o bebê seguindo as orientações de especialistas - Se você é mãe ou está gestante, é natural que tenha dúvidas sobre o que é mais seguro para seu bebê durante o surto da pandemia de doença por coronavírus (Covid-19).

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Amamentar com segurança durante a pandemia de Covid-19

As evidências são predominantemente de apoio à amamentação. O contato pele a pele e a amamentação exclusiva até os 6 meses ajudam seu bebê a ficar saudável e se desenvolver, e não há motivos para interrompê-la por causa desse vírus. Até o momento, a transmissão do novo coronavírus por meio do leite materno e da amamentação não foi detectada.

Se você está prestes a ter bebê, deve receber apoio para amamentar e segurar seu recém-nascido ou recém-nascida logo após o nascimento. O contato pele a pele logo após o nascimento e o aleitamento na primeira hora de vida continuam sendo recomendados, salvo quando a parturiente for um caso suspeito ou confirmado de Covid-19.

Importante saber que a presença do acompanhante escolhido pela mulher deve ser permitida (Lei Federal no 11.108), e baseada na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, desde que a pessoa tenha de 18 a 59 anos; não tenha doenças crônicas; não apresente sintomas ou tenha tido contato recente com pessoa infectada ou não coabite com pessoas com suspeita ou diagnostico de Covid-19.

Aqui estão algumas respostas para perguntas comuns de mães e mulheres gestantes para ajudar a fornecer a experiência mais segura para você e seu bebê, esteja você se sentindo saudável ou até com sinais e sintomas de Covid-19.

Devo amamentar durante a pandemia?
Com certeza! O leite materno fornece a todos os bebês água, todos os nutrientes e anticorpos que os mantêm saudáveis e ajudam a protegê-los de muitas infecções. O leite materno aumenta a imunidade do bebê e previne infecções.

Se seu bebê tiver menos de 6 meses de idade, deve ser amamentado exclusivamente – não são necessários outros alimentos ou líquidos, nem mesmo água. Quando seu filho ou filha tiver mais de 6 meses, continue amamentando e ofereça também alimentos complementares seguros e saudáveis.

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Você pode passar a Covid-19 para o seu bebê pelo leite materno?
Até o momento, a transmissão do novo coronavírus (vírus que pode causar a Covid-19) por meio do leite materno e da amamentação não foi detectada, embora os pesquisadores continuem fazendo estudos sobre o leite materno.

Logo após o parto, caso a parturiente seja assintomática ou que que não tenham contato domiciliar com pessoa com síndrome gripal ou infecção respiratória comprovada pelo coronavírus, deve manter o contato pele a pele e com seu bebê recém-nascido. Colocar o recém-nascido perto de você permite o aleitamento materno na primeira hora de vida. O início precoce da amamentação também reduz a mortalidade neonatal.

Para as parturientes com sintomas ou com Covid-19 confirmada, a amamentação deverá ser adiada para depois que a mãe passar pelos cuidados de higiene (banho no leito), troca de máscara, touca, camisola e lençóis.

Se a puérpera for suspeita ou estiver com Covid-19, sugere-se respeitar a distância de dois metros entre o leito da mãe e o berço do recém-nascido.

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Devo amamentar se tiver ou suspeitar que tenho Covid-19?
É importante que continue amamentando tomando as seguintes precauções:

1) Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes e depois de tocar o bebê;

2) Usar máscara facial de pano ou cirúrgica (cobrindo completamente nariz e boca) durante as mamadas e evitar falar ou tossir durante a amamentação;

3) A máscara deve ser imediatamente trocada em caso de tosse ou espirro ou a cada nova mamada. A máscara cirúrgica não deve ser reutilizada, colocada em saco plástico, fechar e descartada adequadamente. As máscaras de pano devem ser de uso individual e bem lavadas com água e sabão ou colocadas de molho em solução de água sanitária diluída em água.

4) Evitar que o bebê toque seu rosto, especialmente boca, nariz, olhos e cabelos;

5) Lavar as mamas apenas se você tossir ou espirrar em cima delas. Caso contrário não precisam ser lavadas antes de cada mamada.

Após a mamada, em caso de mães suspeitas ou confirmadas de Covid-19, os cuidados com o bebê (banhos, sono) devem ser realizados por outra pessoa na casa que não tenha sintomas ou que não seja também confirmado de Covid-19. Em caso de troca de fraldas, o uso de luvas cirúrgicas ou de procedimento descartáveis é recomendado.


O que devo fazer se estiver com suspeita ou com Covid-19 e não estiver me sentido bem?
Caso você esteja se sentindo muito doente para dar de mamar, tente encontrar outras maneiras de fornecer leite materno a seu bebê com segurança. Tente ordenhar o leite manualmente ou com bomba extratora (o que preferir) e dar ao seu filho ou filha com um copinho ou colher limpos ou pedir alguém que esteja saudável para oferecer .

Importante seguir as mesmas precauções e medidas de higiene recomendadas para o aleitamento direto da mama antes da ordenha e quando oferecer o leite materno.

Se não for ordenhar o leite manualmente, siga rigorosamente as recomendações para limpeza das bombas de extração de leite, bem como dos recipientes de armazenamento de leite, e dos utensílios de alimentação após cada uso.

Ordenhar o leite materno também é importante para estimular e manter a produção de leite, para que você possa amamentar seu filho ou filha novamente quando se sentir bem o suficiente para fazê-lo. Não há intervalo de tempo fixado para esperar após a Covid-19 confirmada ou suspeita.

Se não for possível ordenhar o leite ou ter acesso a Bancos de Leite Humano, converse com seu/sua profissional de saúde.

Devo amamentar se meu filho ou filha estiver doente?
Continue amamentando seu bebê se ele ficar doente. Se o seu bebê contrair Covid-19 ou outra doença, é importante continuar nutrindo-o com leite materno. A amamentação estimula o sistema imunológico do bebê e seus anticorpos são transmitidos para ele por meio do leite materno, ajudando-o a combater infecções.

Quer saber mais?
Consulte também o Portal de Boas Práticas da Fiocruz ou o site da Organização Pan-Americana de Saúde – Opas/Brasil.

foto: Unicef
fonte: unicef.org/brazil

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