Documental - Lucha Reyes, Carta al Cielo - dirigida por Javier Ponce G.

O documental peruano ilustra a vida de Lucha Reyes, ícone da música Crioula Peruana a exposição aconteceu na noite de (27) de março de 2018, nas instalações do Consulado Geral do Peru em São Paulo, localizado na Av. Paulista.

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Lucha Reyes, "A Morena de Ouro do Peru" que viveu pelo crioulismo

Cantora humilde tocou as fibras mais sensíveis do "crioulismo peruano" nunca deixou de lado seu encantador sorriso.

Falar de Lucha Reyes é tocar as fibras mais sensíveis do "crioulismo peruano".

Lucila Justina Sarcines Reyes de Henry mais conhecido pelo nome de Lucha Reyes, nasceu em 19 de julho de 1936 no bairro de Sechura, distrito de Rímac. De pais limenhos de origem muito humilde, Lucha conheceu a pobreza junto aos seus 15 irmãos.

Seu pai morreu quando ela tinha apenas seis anos de idade. Dez anos depois, Lucha Reyes se casou com um sargento da Guarda Civil da Polícia Nacional. O casamento falhou devido a episódios de violência que a cantora viveu. Desta relação nasceram seus filhos Humberto e Alejandro.

Para sobreviver, Lucha Reyes vendia jornais, lavava roupas, cozinhava e lavava louça. Com este último trabalho ela foi trabalhar no clube crioulo chamado "El sentir de los barrios", onde foi descoberto seu grande talento para cantar.

Lucha Reyes estreou na década de sessenta no teatro Pizarro, localizado na Praça Italia. Pouco depois, dividiu o palco com Augusto Ferrando e fez parte de seu elenco na rádio Victoria.

A crioula sofria de diabetes e aterosclerose, doenças que a faziam passar longos períodos no hospital Hipolito Unanue. Em uma de suas muitas visitas, Lucha Reyes pediu a seu amigo e compositor Pedro Pacheco que criasse uma valsa (um Vals) à maneira de despedidas, e foi assim que nasceu "Mi última Canción".

Em 1970, lançou seu primeiro disco no Hotel Crillón. O álbum se chamava "La morena de oro del Perú" e entre suas performances destacaram canções como "Tu voz, José Antonio, La Flor de la Canela e Regresa". Esta última valsa foi composta por Augusto Polo Campos.

Conquistou a gloria total com sua magnífica interpretação da Valsa "Regresa" junto à músicos como César Silva. Outras de suas canções foram "Carta al ciclo, Propiedad Privada, El último brindis, Jamás impedirás, entre outras.

A Mulher gentil e bondosa que tocou milhares de corações com a paixão que impregnou suas canções morreu de parada cardíaca aos 37 anos, em 31 de outubro de 1973, no Dia da Canção Crioula, vontade que ela sempre teve.

O velório de Lucha Reyes foi multitudinário, quase como uma procissão. O povo recusou-se a transportar a "La Morena de Oro del Peru" em uma carro fúnebre e o caixão foi levado por mulheres para o cemitério de "El Ángel", onde descansa até hoje.

Assista o documental - LUCHA REYES

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