Publicado em 23/03/24 às 13:45h
Após Crimes Chocantes na Comunidade Boliviana, Veredito Condenatório Marca um Passo Crucial Rumo à Justiça: Jeferson De Almeida Da Cunha Recebe Pena Exemplar pela Morte de Juan Quispe e Tentativas de Homicídio contra Sua Esposa e Outro Cidadão Boliviano em Itaquaquecetuba.
Jeferson De Almeida Da Cunha enfrentou o veredito ditado pelo Egrégio Conselho de Sentença em um caso que chocou a cidades de Itaquaquecetuba e São Paulo, no estado de São Paulo (além da comoção provocada em território boliviano). A decisão foi proferida considerando-o culpado pela prática hedionda dos delitos de homicídio triplamente qualificado contra Juan Monastério Leon, cidadão boliviano, e pela tentativa de homicídios triplamente qualificados contra sua esposa, Julia Virginia Silvestre, e Edmer Huanca Quispe. Este último, lamentavelmente, ficou com paralisia em metade do corpo como resultado da brutal tentativa de assassinato.
Os eventos ocorreram em 14 de agosto de 2022, deixando uma cicatriz indelével na comunidade, especialmente entre os imigrantes bolivianos que encontraram naquele dia um trágico encontro com a violência. A sentença, anunciada na noite de 21 de março de 2024 no Tribunal do Júri, na 1ª Vara Criminal do Foro da comarca de Itaquaquecetuba, trouxe algum alívio para aqueles que buscavam justiça.
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O aspecto notável da audiência foi a presença maciça da comunidade boliviana local. Em um tribunal que normalmente comportaria 70 pessoas, 57 cadeiras foram ocupadas por cidadãos bolivianos, enquanto outras 10 foram preenchidas por estudantes de direito. Essa manifestação de solidariedade e interesse público destacou a importância do caso não apenas para as partes envolvidas, mas para toda a comunidade, tanto brasileira quanto boliviana.
O promotor Cláudio Sérgio Alvez Teixeira, a juíza Erica Pereira de Sousa, a Dra. Patrícia Vega (advogada da família das vítimas) e até mesmo a defesa de Jeferson reconheceram a significativa presença da comunidade imigrante. A união e a mobilização demonstradas pelos bolivianos foram elogiadas como uma força capaz de transcender os limites do tribunal, influenciando positivamente o desenrolar do processo e, mais amplamente, a busca por uma sociedade mais justa e inclusiva.
Após a leitura da sentença, que determinou uma pena de 38 anos e 8 meses de reclusão para Jeferson, assassino de Juan Monastério Leon, um momento de comemoração irrompeu entre os presentes. “Viva a Justiça do Brasil… que viva!!!” – exclamaram os cidadãos bolivianos, expressando um misto de alívio e gratidão pela resolução do caso.
A prisão de Jeferson ocorreu em 18 de agosto de 2022, apenas quatro dias após os crimes, graças à diligência da Polícia Civil de Mogi das Cruzes. Desde então, a comunidade tem enfrentado um processo doloroso de cura e reconstrução, mas a sentença proferida oferece um vislumbre de esperança de que a justiça pode ser alcançada, mesmo em face da mais terrível adversidade.
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