Ministério da Cultura apresenta plano para proteção e divulgação das línguas indígenas na Colômbia
O projeto está contemplado no âmbito do Ano Internacional das Línguas Indígenas e do Dia Internacional das Línguas Maternas e Nativas do país
21 de fevereiro de 2022
Em 21 de fevereiro, o Ministério da Cultura lança o capítulo indígena que está imerso no Plano Decenal de Línguas Nativas, trabalho que foi realizado graças ao processo de reconstrução coletiva dos povos indígenas na Colômbia, bem como a respectiva retroalimentação dos processos executados.
A execução desse plano está contemplada na Lei 1.381 de 2010, que busca priorizar as medidas necessárias para a preservação das línguas nativas no país e evitar, aliás, a extinção de aproximadamente (68) dialetos indígenas que estão registrados. Destes, 41% correm o risco de desaparecer e isso significa que apenas os idosos continuam a falar nessas línguas.
Por outro lado, as novas gerações não falam esses jargões, muito menos as crianças, pois se comunicam com seus pais através do espanhol. Isso representa um grande perigo para a oralidade de muitos grupos indígenas, e é aí que a pasta cultural, chefiada por sua ministra, Angélica María Mayolo, que indicou que existem 65 línguas nativas, 65 indígenas e duas línguas crioulas no país, incluindo Ri Palenque, falando em San Basilio de Palenque (Bolívar), crioulo, usado no arquipélago de San Andrés e Providencia, e Romaní, do povo Rom ou cigano.
Da mesma forma, pretende-se salvaguardar a língua de sinais colombiana, pertencente à diversidade linguística. Por esse motivo, vale também ressaltar que o Plano Decenal das Línguas Nativas e sua execução estão contemplados no marco da comemoração do Ano Internacional das Línguas Indígenas e nas disposições do Plano Nacional de Desenvolvimento que vai até 7 de agosto de 2022.
Nessa ordem, vale destacar que, segundo a UNESCO, o desaparecimento das línguas nativas no mundo está sendo ainda mais rápido que a extinção de espécies animais e da flora e fauna; e se antes havia registros de 7.106 línguas indígenas, hoje esse número gira em torno de 6.000; espera-se até que até o final do século haverá apenas 3.000 dialetos desse tipo.
Segundo Luis Alberto Sevillano, diretor de Populações do Ministério da Cultura, tanto a execução do PND e sua abordagem cultural, quanto o próprio Plano Decenal, são importantes para o país, pois ambos constituem uma ferramenta que permite a fortalecimento das línguas étnicas no país. , beneficiando o patrimônio nacional.
Por outro lado, e em relação à recuperação das línguas indígenas, está sendo elaborado material bibliográfico na Amazônia colombiana com o objetivo de resgatar e destacar a importância da língua Bora na comunidade de mesmo nome, que nasceu no departamentos de Caquetá e Putumayo.
A referida iniciativa conta com o apoio de lideranças indígenas desse grupo e de um painel de especialistas da Universidade Nacional, site Amazônia, e espera-se que o referido documento, que reunirá material visual, seja concluído até o final do ano.
Por fim, a elaboração desse material também se destaca por deixar claras várias peculiaridades da língua Bora; por exemplo, que é tonal, o que significa que carrega um significado especial em um tom mais alto. Para se ter uma ideia, o espanhol não lida com esse recurso, mas o chinês sim. Também serão mostrados trechos de cada encontro entre os indígenas Bora e membros de outras comunidades, onde foram compartilhadas diversas experiências relacionadas à preservação de seus povos e à salvaguarda de suas tradições orais.
fonte: infobae.com
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