No coração do comércio boliviano em São Paulo, criminosos atacam com brutalidade crescente, deixando mulheres e crianças em pânico. A ausência de resposta das autoridades aprofunda o medo e a impunidade no bairro.
Publicado • 21/12/23 às 21:12h
Atualizado • 12/02/25 às 11:19h
No tradicional bairro do Brás em São Paulo, desde o ano de 2023 uma inquietante e repugnante tendência criminosa está se desdobrando, e as autoridades parecem permanecer indiferentes. Imigrantes bolivianos tornaram-se alvos preferenciais de quadrilhas de assaltantes que, com uma crueldade impiedosa, atacam próximo às movimentadas ruas do comércio boliviano na cidade. Nesse cenário de terror, mulheres se tornaram presas principais, arrastadas pelo cordão de suas bolsas ou mochilas, enquanto crianças choram em meio ao caos urbano.
Os criminosos, agem em bicicletas e a pé, não hesitam em empregar violência extrema. Homens que ousam resistir são brutalmente espancados, uma modalidade de assalto que já se tornou conhecida entre os comerciantes e moradores locais. O clima de medo é palpável, com cidadãos de bem temendo represálias caso se manifestem contra esses criminosos que desafiam a ordem pública.
.
.
Uma moradora das proximidades das Ruas 21 de Abril e Bresser, próxima à esquina com a Rua Coimbra e à estação de metrô Bresser Mooca, compartilhou relatos estarrecedores de agressões a mulheres e de homens espancados, com crianças indefesas chorando no meio da violência explícita em plena via pública. “Em muitas ocasiões tive que ir embora mais cedo. Fico chocada com tanta violência. Isso afeta minha saúde mental profundamente”, afirmou a mulher brasileira, visivelmente triste e apreensiva, ao repórter do Bolívia Cultural.
À medida que as festas sazonais, sejam, ano novo, alasita, carnaval, e fim de ano se aproximam, a apreensão se intensifica. O movimento comercial crescente na região durante o período festivo torna o público em geral mais suscetível a roubos, mas os imigrantes bolivianos enfrentam um risco ainda mais acentuado, pois são alvos preferenciais dessas quadrilhas impiedosas.
.
.
Um exemplo pode ser mencionado para ilustrar a problemática de insegurança na região. No dia 12 de dezembro de 2023, um caso de roubo sensibilizou a comunidade quando uma mãe de família boliviana, prestes a viajar com destino à Bolívia para reunir a família, foi assaltada, perdendo todo o dinheiro da viagem e destruindo o sonho de uma família, além de suas economias de um ano de árduo trabalho.
.
Alarmante: Carros Tornam-se Presas de Delinquentes em Onda de Crimes no Brás
A situação no Brás atinge níveis insuportáveis, estendendo-se além dos assaltos direcionados a imigrantes bolivianos. Agora, até mesmo os carros estacionados em vias públicas se tornaram alvos dessa onda criminosa. O roubo, acontece à luz do dia, desafia a segurança pública, sem qualquer intervenção por parte dos transeuntes ou das autoridades competentes.
.
.
O caos se instala, e a audácia dos criminosos não conhece limites. Enquanto carros são violados impunemente, a sensação de desamparo cresce entre os residentes e comerciantes do Brás. A falta de resposta por parte das autoridades.
O descaso e a falta de ações por parte das autoridades do estado paulista são alarmantes. Essa impunidade não apenas estimula o crescimento dessas quadrilhas, mas também amplia a crueldade de seus atos criminosos. A escalada da violência em cada assalto aumenta a possibilidade de cobrar vidas de imigrantes e vizinhos indefesos.
.

.
No mapa, é possível visualizar os locais de maior incidência de roubos e assaltos, bem como as rotas de acesso ao transporte público. Essa representação gráfica expõe a dura realidade enfrentada pela comunidade, resultado de denúncias corajosas enviadas à redação do Bolívia Cultural. O mapeamento evidencia a necessidade urgente de ações para conter a onda de criminalidade no Brás, destacando áreas críticas que exigem atenção imediata das autoridades competentes.
No vídeo a seguir, publicado nas redes sociais em 11/02/2025, uma internauta alerta sobre o risco de assaltos, especificamente entre as Ruas Bresser e 21 de Abril, reforçando a preocupação da população com a segurança na região.
.
.
A comunidade local exige medidas de segurança mais eficazes para conter a escalada da criminalidade e proteger a integridade de residentes e comerciantes, especialmente os imigrantes bolivianos, que desempenham um papel fundamental na diversidade e vitalidade do Brás. No cenário de insegurança que domina as Ruas Coimbra e Costa Valente, mulheres e crianças têm sido as principais vítimas da ausência do Estado. O Brás não pode continuar sendo palco de impunidade e negligência “é urgente que as autoridades ajam para garantir a segurança e o bem-estar de todos”.
.
Falta de boletins de ocorrência fortalece a ação de quadrilhas de criminosos
A ausência de boletins de ocorrência após furtos, roubos e assaltos na chamada “região vermelha” da comunidade boliviana em São Paulo agrava a violência local. Muitos imigrantes, por desconhecimento de seus direitos ou por receio, deixam de registrar os crimes, o que fortalece a atuação de quadrilhas. A falta de dados oficiais impede que as autoridades tenham a real dimensão da criminalidade na área, dificultando ações ostensivas e investigativas que poderiam desarticular os grupos criminosos e melhorar a segurança da população.
.