Cleibson Ferreira Explica Sua Decisão de Deixar o Brasil e Destaca Valorização Profissional no Futebol Boliviano
Em meio à constante rotatividade de técnicos no cenário futebolístico brasileiro e à crescente presença de treinadores estrangeiros, Cleibson Ferreira, de 51 anos, decidiu há cinco anos buscar estabilidade e reconhecimento na Bolívia. Atualmente à frente do tradicional Real Potosí, o ex-meia pernambucano compartilhou os motivos que o levaram a deixar o país natal em prol de uma carreira mais consistente.
Cleibson iniciou sua jornada como jogador nas categorias de base do Sport e, ao longo de sua trajetória, acumulou experiência em clubes brasileiros, incluindo passagens por Central e Brusque-SC. Contudo, foi no futebol boliviano, representando times como Bolívar, Real Potosí, Guabirá e Nacional Potosí, que ele encontrou uma nova e duradoura fase em sua carreira como treinador.
A decisão de migrar para a Bolívia em 2018 ocorreu quando o técnico recebeu uma proposta do Destroyers, equipe da primeira divisão boliviana sediada em Santa Cruz de la Sierra. Desse ponto em diante, Cleibson construiu uma sólida trajetória no país sul-americano, deixando para trás a instabilidade e a falta de planejamento que enfrentara em mais de 20 clubes brasileiros.
Sobre a adaptação inicial, Cleibson admite que foi desafiadora, mas logo nos primeiros anos, esteve a apenas um ponto de garantir a classificação para a Copa Sul-Americana de 2019. Ele destaca que, na Bolívia, o futebol possui qualidade, embora aponte deficiências na formação, resultando em um preço alto nos últimos anos.
A respeitabilidade e valorização profissional que encontrou na Bolívia, somadas aos quatro anos à frente do Destroyers, permitiram ao treinador passar por clubes como Mojocoya FC, Real Mamoré e Stormers San Lorenzo, até assumir o comando do Real Potosí em 2023. O sucesso no último clube culminou em uma participação nas quartas de final da Copa Simón Bolivar e na conquista do título estadual de Potosí em dezembro.
Questionado sobre possíveis retornos ao Brasil, Cleibson revela que recebeu convites, inclusive para clubes do futebol paraibano e maranhense, assim como o Brusque. No entanto, destaca a importância de um projeto sério para considerar o retorno, enfatizando sua motivação para encarar o ano de 2024 após um merecido período de férias. O técnico encerra a entrevista deixando aberta a possibilidade de retorno ao cenário brasileiro, desde que haja um projeto consistente que almeje ser protagonista no cenário futebolístico nacional.
Com fonte: globo.com