Dia da Criança Boliviana, pequenas vítimas de agressão no Brasil sem ter muito que comemorar

A comunidade boliviana, maior população migratória do Brasil celebra o Dia Da Criança Boliviana neste (12) de abril. Essa data está longe de ser uma data comemorativa, pudendo ser até uma data de protesto, luto e reflexão à essa violência que infelizmente, cresce todos os dias, ainda mais com o confinamento de famílias dentro de oficinas de costura na capital paulista.

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Dia da Criança Boliviana, pequenas vítimas de agressão no Brasil sem ter muito que comemorar

Agressão física e psicológica deixam marcas para vida toda dos nossos baixinhos.

No Brasil, o Governo Federal tem agido fortalecendo e ampliando a rede de proteção como os conselhos tutelares e canais de denúncias.

“É uma data para reflexão, para ações. Uma data que os ativistas pela defesa da infância no mundo inteiro usam para mandar um recado de que urge a necessidade da gente se erguer em defesa da infância. O mundo precisa se levantar em defesa da infância”, destacou a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil.

A ministra Damares em reunião com Antonio Andrade CEO de Bolívia Cultural & Planeta América Latina, enfatizou o carinho que sua pasta tem pela população boliviana, com atenção principal às mulheres e crianças imigrantes bolivianas e de outras nacionalidades. “peço por favor para cada imigrante boliviano, vejam o Brasil como sua casa... eu como ministra e sobre tudo mulher tenho muito carinho por todos vocês que trazem uma cultura diversa para o engrandecimento do Brasil, estou atenta a qualquer eventual atropelo que venham sofrer em território Brasileiro” finalizou Damares.

A ministra também chamou a população brasileira a olhar para as crianças, ter atenção aos sinais de que algo está errado e denunciar casos de violação de direitos. “As crianças pedem socorro no olhar, na mudança de comportamento, por meio de um desenho, de uma brincadeira, de uma canção. Vamos, todos nós, começar a ouvir mais e olhar mais para nossas crianças. Vamos denunciar em caso de violência, de violação de direito de criança. Vamos denunciar acreditando que o Governo Federal ouve as denúncias, recebe e dá encaminhamento”, disse.

Violência contra a crianças imigrantes e filhos de imigrantes no Brasil

Instituições, servidores públicos e profissionais que atendem imigrantes bolivianos alertam aumento exponencial de crimes e maus tratos contra crianças imigrantes e descendentes de imigrantes no estado de SP.

Abandono de incapaz

Já antes da pandemia do Covid-19 os índices de abandono de crianças eram alarmantes motivadas principalmente pelo alcoolismo, já na primeira onda muitas crianças eram abandonadas pelos progenitores (principalmente a mãe) que na sua maioria em estado alcoólico esquecem das crianças nas ruas ou até no mesmo local de consumo dos entorpecentes.

Maus tratos físicos e psicológicos

Em casa os pequenos além de assumirem responsabilidades que não são próprias da sua idade, os maus tratos físicos quase sempre são realizados pelo pai que também quase sempre tem motivação do álcool, não são poucas as denúncias que recebe o Bolívia Cultural de professores que internamente na escola fazem de tudo para combater os maus tratos contra as crianças.

Estupro

Crime que tem sido discutido cada dia mais dentro da comunidade boliviana ainda como um tabu que deve ser aprofundado e denunciado, neste caso lamentavelmente não são poucas as mães que escondem e até protegem o criminoso que quase sempre é um familiar próximo da criança.

TODOS DEVEMOS DENÚNCIAR

Já que omissão de socorro também se qualifica como cumplicidade do crime todos os atores da sociedade boliviana devem ser muito mais atuantes na denuncia de qualquer tipo de violência que nossos pequenos estejam sofrendo.

O Governo Federal entende as diversas formas e modalidades de violências contra a criança no Brasil, a violência física, psicológica, a negligência, a violência sexual, o abandono”, afirmou Damares.

O Disque 100 permite que as denúncias de violações de direitos contra crianças cheguem aos órgãos de proteção.

Rede de Proteção

Para combater a violência contra a criança no país, o governo está fortalecendo elos importantes da rede de proteção que são os conselhos tutelares e o canal de denúncias Disque 100.

No mês de abril o BC promete lançar em conjunto da rede de parceiros estaduais e municipais a campanha “EU CUIDO DO MEU AMIGUINHO”, campanha de conscientização e enfrentamento à violência doméstica, que também tem as crianças como foco.

Mobilização Internacional

No Dia da Criança Boliviana, ativistas dos direitos humanos na Bolívia, Peru, Argentina, Brasil, e outros países da região, prometem expandir e promover a campanha “EU CUIDO DO MEU AMIGUINHO” criada no Brasil.

Canais de atendimento

A denúncia é uma das maneiras de combater a violência contra as crianças. O Disque 100 e o Ligue 180 são serviços gratuitos que funcionam 24 horas por dia, inclusive em feriados e no final de semana.

Os canais funcionam como um "pronto-socorro” dos direitos humanos, pois atendem também situações de violações que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes e possibilitando o flagrante.

A seguir, confira algumas dicas de como identificar que uma criança está sendo violentada:

Perturbações no sono: A criança tem dificuldade para dormir ou fica com o sono agitado, podendo haver pesadelos repetidamente.

Alimentação: O apetite pode aumentar ou diminuir.

Desempenho na escola: Dificuldades de concentração, recusa na participação de atividades, queda no desempenho e aproveitamento escolar.

Mudanças de comportamento bruscas e repentinas: Podem envolver desde o desinteresse por atividades que costumam lhe dar prazer, ou até mesmo apresentar medos que já não possuíam antes.

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

Para toda circunstância existe sempre o outro lado da moeda, neste caso também instituições e servidores públicos elogiam casos que ilustram pais de família imigrantes exemplares, professores da rede municipal e estadual enaltecem a grande preocupação dos pais em assistir as reuniões na escola. Não são poucos os pais que sacrificam seu tempo e dedicação para formar profissionais nas áreas da saúde, economia, jurisprudência e outros, cumprindo o sono de ter filhos profissionais fora do ambiente da costura.

Não são poucas as histórias de vizinhos e amigos contando, como mães e pais imigrantes bolivianos deixando de comer durante esta pandemia, para distribuir os poucos alimentos entre seus filhos, demostram sim que não tudo esta perdido, ainda temos uma legião de jovens pais de família oferecendo tudo de si pelos filhos que são seu maior tesouro.

fonte: Vídeo

Cortometraje animado
"Adolorido"
https://bit.ly/2Q1kIU9

 

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