Foram realizados os Primeiros Jogos Paraolímpicos indígenas do Brasil na Aldeia Xavante de Tanguro, em Canarana - Mato Grosso
Parceria entre o governo do estado de Mato Grosso com a prefeitura de Canarana, e as Loterias Caixa foi fundamental para a organização dos Primeiros Jogos Paraolímpicos Indígenas, realizado em 21/05/23 na aldeia Tanguro, aldeia Xavante do município de Canarana, localizado no estado de Mato Grosso.
Publicado - 22/05/23 14:30hs.
atualizado 22/05/23 18:45hs.
O Prefeito Fábio Marcos Pereira de Faria, da prefeitura de Canarana, elogiou o governador Mauro Mendes e a primeira-dama do estado, Virgínia Mendes, por terem acreditado no projeto. Ele também expressou sua gratidão à secretária de Estado de Esportes, à Casa Civil e à equipe das secretarias que abraçaram o projeto. Segundo o prefeito, esse projeto inovador foi desenvolvido com a colaboração de todos.
Prefeito Municipal: Fábio Marcos Pereira de Faria - Prefeitura Municipal de Canarana - MT
Taís de Paula, Superintendente de Políticas Públicas de Pessoas com Deficiência de Mato Grosso, expressou sua gratidão e emoção ao saber que o governo do estado alcança todas as regiões do Mato Grosso. Especialmente para as crianças nascidas com deficiência, que anteriormente não tinham oportunidades, hoje elas e os adultos têm a oportunidade de participar de todas as atividades.
Na foto, podemos ver dois times indígenas envolvidos em uma partida de vôlei sentado, uma modalidade que surgiu da combinação do vôlei convencional com um esporte alemão chamado sitzbal, praticado por pessoas com mobilidade reduzida. Essa fusão resultou no vôlei sentado, que teve origem em 1956. O vôlei sentado permite a participação de jogadores amputados, paralisados cerebrais, com lesões na coluna vertebral e outras deficiências locomotoras. Uma das regras fundamentais do esporte é que os jogadores devem estar em contato com o solo ao tocar na bola, sendo proibido bater na bola sem esse contato.
Virgínia Mendes, primeira-dama do estado de Mato Grosso, foi elogiada por sua imensa sensibilidade em relação à questão indígena e à inclusão. O secretário de educação do estado, Eduardo Ferreira, afirmou que é possível promover a inclusão e encerrou suas palavras ressaltando a importância dessa iniciativa. (foto-divulgação).
A Equoterapia: Uma Estratégia de Sucesso no Rancho Rafaely em Canarana-MT, Realizada pela Coordenadora do Centro de Referência para desenvolvimento dos Primeiros Jogos Paraolímpicos indígenas do Brasil. (foto-divulgação).
Entrega de cadeiras de rodas durante os Primeiros Jogos Paraolímpicos na Aldeia Xavante de Tanguro exemplo de inclusão na região
Durante a programação dos Primeiros Jogos Paraolímpicos na Aldeia Xavante de Tanguro, um dos momentos de destaque foi a entrega de 10 cadeiras de rodas especialmente destinadas a indivíduos indígenas com deficiência física. Duas foram entregues na comunidade indígena Tanguro. Essa iniciativa foi realizada com o objetivo de promover a inclusão e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas na comunidade indígena Tanguro, pertencente à aldeia Xavante.
A doação das duas cadeiras de rodas é um passo significativo em direção à acessibilidade e à garantia dos direitos das pessoas com deficiência na região. Esses equipamentos essenciais oferecem mobilidade e independência, permitindo que os indivíduos com deficiência física participem plenamente das atividades diárias e se envolvam nas práticas esportivas inclusivas.
Essa ação demonstra o compromisso das autoridades e parceiros envolvidos nos Jogos Paraolímpicos em promover a inclusão e melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência, especialmente da comunidade indígena. Além de proporcionar um impacto imediato e tangível na vida daqueles que receberam as cadeiras de rodas, essa iniciativa também serve como exemplo inspirador para a implementação de políticas públicas inclusivas em toda a América Latina.
Ao reconhecer as necessidades específicas das comunidades indígenas e tomar medidas concretas para atendê-las, os Primeiros Jogos Paraolímpicos na Aldeia Xavante de Tanguro estabelecem um precedente positivo. Essa abordagem sensível e inclusiva pode servir como um modelo a ser replicado em outras regiões da América Latina, incentivando ações semelhantes que visem garantir a inclusão plena e igualdade de oportunidades para todas as pessoas com deficiência.
Liderança feminina Xavante, agradece pela iniciativa
Mara Barreto Sinhosewawe Xavante, Ativista / Ambientalista e liderança feminina Xavante e jornalista, enfatizou que ações e projetos como esse deveriam sempre existir em prol dos povos indígenas, não apenas dos Xavante, mas de todas as etnias indígenas do Brasil e do mundo. Ela ressaltou que a equidade, igualdade e qualidade de vida são direitos constitucionais de todos, especialmente das crianças e adultos com deficiência. Barreto mencionou as dificuldades enfrentadas pelas crianças dentro da comunidade, onde seus direitos mais básicos são negados diariamente pelos poderes públicos, como saneamento básico, saúde e educação de qualidade.
Para a liderança Xavante, receber esse apoio do governo do estado, representado pela primeira-dama Virgínia Mendes e outras autoridades, demonstra que ainda existem pessoas sensíveis às dores do povo indígena e que não foram completamente esquecidos por aqueles que deveriam defender seus direitos. Ela reconhece que ainda há muito a ser feito, mas considera esse um grande avanço e um bom começo. Em nome do seu povo Xavante, ela expressa seu agradecimento e parabeniza todos os envolvidos nessa ação, em especial a superintendente da Casa Civil, Taís Paula, pelo amor e cuidado demonstrados.
Realização dos Primeiros Jogos Paraolímpicos na Aldeia Xavante de Tanguro: Um Exemplo Inspirador para Políticas Públicas Inclusivas na América Latina
A realização dos Primeiros Jogos Paraolímpicos na Aldeia Xavante de Tanguro, em Canarana - Mato Grosso, é de extrema importância para a América Latina como um todo. Esses jogos representam um marco significativo no avanço das políticas públicas inclusivas em relação aos povos originários da região.
Ao promover e sediar um evento esportivo desse porte em uma comunidade indígena, estamos enviando uma mensagem poderosa de reconhecimento e valorização das culturas e tradições dos povos nativos. A Aldeia Xavante se torna um símbolo de inclusão, dando visibilidade às questões indígenas e proporcionando um espaço para que atletas com deficiência demonstrem seu talento e habilidades esportivas.
A replicação de atividades semelhantes em outras partes da América Latina pode se tornar um modelo a ser seguido. Através desse exemplo inspirador, outras comunidades indígenas e governos locais podem se sentir encorajados a promover eventos esportivos inclusivos, fomentando a participação ativa das pessoas com deficiência e proporcionando oportunidades de desenvolvimento físico, social e emocional.
Além disso, é importante ressaltar que a valorização da terra e dos recursos naturais da região não pode ocorrer sem a valorização das culturas vivas dos povos indígenas. Os Jogos Paraolímpicos na Aldeia Xavante destacam a importância de uma abordagem holística, que reconheça e respeite os conhecimentos tradicionais, as práticas sustentáveis e a conexão profunda dos povos indígenas com o meio ambiente.
Essa iniciativa também destaca a necessidade de políticas públicas inclusivas que abordem as desigualdades e assegurem o pleno exercício dos direitos das pessoas com deficiência. Os Jogos Paraolímpicos na Aldeia Xavante são um lembrete poderoso de que todos os cidadãos têm o direito fundamental de participar plenamente da sociedade, independentemente de suas capacidades físicas.
No contexto latino-americano, onde as populações indígenas muitas vezes enfrentam marginalização e exclusão, os Jogos Paraolímpicos na Aldeia Xavante são um passo significativo em direção à construção de uma sociedade mais inclusiva, justa e respeitosa com a diversidade. Eles nos lembram que a inclusão e a valorização das culturas indígenas são componentes essenciais para o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento das nossas comunidades.
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