Mulher

Sharoll Fernández - aymara boliviana que conseguiu superar os desafios acadêmicos de uma das universidades mais prestigiosas do mundo: a Universidade de Harvard.

"Fico muito feliz em celebrar a graduação e todos os eventos usando as saias rodadas (pollera). Para mim, é uma maneira de trazer meus avós comigo. O chapéu (sombrero) que usei nas celebrações era da minha avó, e isso me deixa muito feliz porque sinto que elas estão presentes nesse espaço que talvez fosse impensável", conta Fernández.

Fernández chegou a Harvard dois anos atrás para fazer seu mestrado, após fundar sua organização Zera Bolivia 2015. Ela procurou se especializar para continuar oferecendo ferramentas de conhecimento sobre inteligência emocional e pensamento crítico. O programa que ela precisava era o de Harvard.

"Eu estava interessada em entender como políticas de educação podem ser geradas, então meu primeiro passo foi encontrar o programa. Tenho um profundo interesse pela educação para realizar um trabalho mais estruturado, estável e responsável. Minha pergunta era: 'o que a humanidade tem produzido? Qual é o ponto de referência?' E a resposta era Harvard", afirmou.

Sharoll recebeu elogios de todos os seus colegas ao se apresentar vestida como "cholita" na cerimônia de formatura. Ela mostrou com orgulho sua identidade “aymara”, e isso é uma característica que se destaca em sua identidade pessoal.

"Cada pessoa, independentemente da idade, deve se perguntar: 'quem sou eu?' Saber disso é fundamental para a vida. Eu sou uma mulher que nasceu na Bolívia, filha e neta de aymaras", enfatizou.

Essa não é a primeira vez que Sharoll exibe com orgulho suas roupas tradicionais. Sempre que possível, ela trabalha para mostrar aos seus colegas as tradições de seu país. "Recebi muitos comentários positivos porque eles adoram as roupas. As pessoas param para me dizer que acham as roupas muito bonitas", concluiu Fernández.

fotos - divulgação

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