Conferência Nacional de Saúde destaca a importância da saúde da população migrante no Brasil

A Conferência Nacional Livre de Saúde das Populações Migrantes abriu um espaço para que imigrantes, ativistas, pesquisadores, profissionais de saúde e gestores pudessem debater diretrizes e propostas para a elaboração de uma Política Nacional de Atenção à Saúde das Populações Migrantes. Essa iniciativa reconhece a necessidade de políticas específicas para atender às demandas e necessidades de saúde dessa população, levando em consideração suas particularidades e desafios.

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Conferência Nacional de Saúde destaca a importância da saúde da população migrante no Brasil

A saúde da população migrante no Brasil é uma questão de extrema importância que foi discutida durante a 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde, realizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em parceria com o Ministério da Saúde. Essa conferência é um espaço democrático essencial para a construção de políticas públicas de saúde no país, onde a sociedade civil e representantes do governo se reúnem para avaliar, planejar e estabelecer ações e diretrizes que visam melhorar a qualidade dos serviços de saúde pública e proporcionar uma melhor qualidade de vida para toda a população.

Durante a Conferência Nacional de Saúde, Sela Murillo e Rosana Camacho, da diretiva da Associação de Residentes Bolivianos ADRB, desempenharam um papel importante ao apoiar a candidatura de Yuri como delegada imigrante. A pauta de Yuri concentrou-se na humanização do atendimento e na capacitação dos profissionais de saúde, com o objetivo de melhor acolher os imigrantes.

A necessidade de humanizar o atendimento aos imigrantes é crucial para garantir que eles sejam tratados com respeito, dignidade e compreensão em seu acesso aos serviços de saúde. Muitas vezes, os imigrantes enfrentam barreiras linguísticas, culturais e sociais ao buscar assistência médica, o que pode resultar em uma experiência negativa e na subutilização dos serviços disponíveis. A proposta de Yuri visa mudar essa realidade, promovendo um ambiente de acolhimento e sensibilidade cultural nas unidades de saúde.

Além disso, houve participações remotas que também trouxeram questões importantes. Veronica Yujra, odontóloga boliviana, abordou a importância do reconhecimento cultural no diálogo inter-setorial e direto com os pacientes durante e após o atendimento. O respeito e a valorização da cultura dos imigrantes são fundamentais para humanizar o sistema de saúde brasileiro, contribuindo para uma abordagem mais acolhedora e eficaz.

A Rede MILB destacou a importância de considerar a diversidade sexual dentro do contexto migratório. Muitas vezes, essa questão é pouco mencionada, mas é essencial garantir o acesso aos serviços de saúde de forma inclusiva e livre de discriminação para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

A ativista peruana Isabel Torrez concentrou sua defesa na questão da saúde mental nas populações migrantes, com ênfase no ambiente escolar. Ela ressaltou que muitos filhos de imigrantes bolivianos não recebem o atendimento necessário quando apresentam diferentes tipos de Transtorno do Espectro Autista. Esses problemas são frequentemente registrados em escolas da rede pública e em instituições do terceiro setor. A falta de dados sobre essa realidade invisibiliza o problema, prejudicando o futuro dessas crianças. Isabel enfatizou a necessidade de priorizar a atenção e o tratamento adequado para essas crianças, a fim de garantir seu desenvolvimento e bem-estar.

A participação dessas instituições e indivíduos na 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde demonstra a importância de abordar de forma integral a saúde da população migrante no Brasil. Essa discussão contribui para a formula

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